Nunca antes na
história uma elite foi tratada com tanto desprezo e brutalidade. Culpa do
governo vermelho, bolivariano e comuno-anarquista do PT. Como se já não
bastasse solapar a propriedade privada e a própria economia de mercado,
coletivizando as diversas esferas da atividade econômica, para desespero de
bancos e empreiteiras - as quais dia após dia vão abandonando o país, o
comissariado petista agora parece querer dar o seu golpe de misericórdia -
agora parece obcecado pela ideia de tentar desmoralizar a nossa elite, tirando
dela toda a dignidade.
É o que deixa
claro o lamentável fato envolvendo uma empresária paulistana, cujo
estabelecimento era especializado na preparação de café para os rebentos da
classe média alta da terra de gente honrada e nobre como Chiquinho Scarpa, Gugú
Liberato, Faustão e Paulo Maluf.
Cansada de pagar
tantos impostos, a rica empresária decidiu dar um basta a uma vida de tanto
sofrimento e privação, decidindo fechar o seu humilde negócio. A pobre elite
paulistana terá agora que buscar uma nova paragem de modo a bebericar o
precioso líquido bolado há alguns milênios pelo povo árabe.
Vejamos um pouco
da matéria sobre esse terrível caso divulgado pelo site SPRESSO SP:
Isabela
Raposeiras, proprietária de uma cafeteria na Vila Madalena, zona oeste de São
Paulo, conhecida por reclamar do preconceito e discriminação sofrida pela
“elite branca europeia”, foi obrigada a fechar seu estabelecimento. O motivo é
a falta d’agua.
“Acredito
que seja um racionamento não avisado”, disse Isabela à Veja. “Eu não sou contra
racionamento, é digno, já tinha que ter feito muito antes”, criticou a
proprietária da cafeteria.
Na
manhã desta quarta-feira (30), Isabela publicou em seu perfil no Facebook: “No
water. No warning from Sabesp…Até amanhã, então, porque hoje não vai ter café
na Vila Madalena.”
Isabela
já havia recorrido ao Facebook para fazer uma reclamação muito peculiar, em
junho. Segundo a empresária, ela seria parte integrante de uma “elite branca
europeia”, uma minoria que é alvo de preconceito e discriminação.
É realmente
lamentável. Triste. Desolador.
Que as autoridades
ponham, enfim, as mãos na consciência. Que reflitam com muito carinho se isso
realmente é justo. É preciso que de uma vez por todas os nossos dirigentes
pensem em algo que ponha um termo neste contexto tão aviltante e cruel que
vitima nossa elite.
Eu já não aguento
mais ver, todas as manhãs, matérias da imprensa marrom noticiando chacinas
perpetradas nos bairros nobres e nos condomínios de luxo, com participação da
polícia.
Chega!
Estou farto das
políticas de segurança pública que visam exclusivamente criminalizar a riqueza,
tentando resolver o problema dos bairros de elite pela força das armas e dos
caveirões. Tomando por pressuposto a idéia de que todo rico louro e de olhos
azuis é culpado até que se prove o contrário.
Chega!
Basta de
uma política que associa "bairro de luxo" a lugar da droga, da
promiscuidade, de gente vagabunda, que não quer saber de trabalho, que só pensa
em viver a base de bolsa-empresário do BNDES, lugar de produção em massa da
marginalidade.
Chega!
Basta
com o bombardeio diário nos meios de imprensa (e nisso incluo as
novelas) que atribuem um papel social extremamente pejorativo
à mulher loira e rica, como se ela só soubesse sambar, dar em cima do
marido dos outros.
Chega!
Não agüento mais
esse discurso que impõe aos membros dessa elite os estereótipos mais repugnantes,
destruindo a sua autoestima, sequestrando a cidadania das classes abastadas,
tirando delas a crença num novo amanhã.
Não é só
porque se é rico, que as pessoas tem que achar natural o que está aí: os ricos,
brancos e de olhos azuis quase que monopolizando as prisões desse país,
utilizando maciçamente os piores hospitais e escolas da rede pública, ganhando
um salário menor do que os negros realizando a mesma atividade, ver a
universidade pública ser ainda um lugar maciçamente dominado pelos negros,
pobres e favelados, ser o maior alvo das balas disparadas por policiais ( na
maior parte execuções sumárias). Mas o que é isso minha gente? A escravidão já
acabou! Chega! É preciso demolir com esse sistema que tanto oprime a elite
branca desse país.
Como pode um lugar
que só forma médicos, engenheiros, físicos, arquitetos e fisioterapeutas
negros? Por que só vemos loiros e loiras com as piores ocupações profissionais,
com os piores salários? Por que não incomoda a ninguém ver ricos empresários
trabalhando como garçons nos nababescos restaurantes da zona sul carioca,
varrendo ruas, catando porcarias até nos lixões, enquanto vemos uma minoria
negra só curtindo a vida nas belas praias da cidade maravilhosa?
Não,
não dá mais! Basta de tanta desigualdade racial.
Mas para isso é
preciso que o Estado e seus aparelhos repressivos estejam, para começo de
conversa, dispostos a ouvir e compreender os clássicos versos da
música-protesto do MC Chateaubriand:
Eu só
quero é ser feliz.Andar tranquilamente na Riviera em que nasci.
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o Rico tem seu lugar....
E Raposeiras – a pobre empresária, já parece ter entendido:
Não
sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha
pele branca. E minha empresa, certamente, faz muito do que o governo deixa
de fazer, ajudando famílias, fazendo doações e, especialmente, pagando
dignamente – fornecedores e funcionários”, bradou a indignada empresaria que
agora parece estar mais tolerante com a falta d’agua que não a deixa acumular
riqueza.
Somos todos Raposeiras!
Leonardo Soares é professor e dá graças a Deus por não ser da elite!
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