sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Direitistas mascarados, saiam do armário

Se o fascista com cara de mauricinho deplora a democracia, como pode manter uma esposa que assume tudo, inclusive que gostava de consumir cocaína?

  

Tem um pedaço da Zona Sul se dizendo impressionada com o apoio enfático da Direita liberal ao massacre da esquerda venezuelana. Só pode ser amnésia. Os liberais deram a mão (e a bunda) aos piores ditadores da latinoamérica como Pinochet, Médice e Videla, no momento em que eles trucidavam milhares de civis nas ruas em décadas de ditadura. O então presidente brasileiro disse que aqueles conflitos eram normais, como “briga de flamenguistas e vascaínos”. Como se sabe, o uso da violência contra a democracia malvada está na moda, e a direita animalizada quer matar os black blocs. Nada mais natural do que o fascista millenar (o biógrafo charlatão) dar uma força na TV às forças de repressão dos movimentos de rua – ele gosta mesmo de um faroeste.

O pronunciamento do fascista em defesa do massacre da Polícia, veiculado para a elite do Leblon, foi cheio de sentimento. Não poderia ser de outro jeito, diante do quadro de mortos e feridos nos protestos contra a devastação do país pelo neoliberalismo. O fascista ressentido acha que se deve reprimir mais e mais. Ele gosta de massacre. Os brasileiros já nem se lembravam como era ver a direita emocionada, dando tudo de si, piscando os olhinhos e alternando a cara de mau e a voz cavernosa com sorrisinhos doces, por ver tanto manifestante apanhando. Ela está doida para uma volta do AI-5. Ela morre de saudades da Operação Oban e do DOI-CODI. Os liberais milenares já disseram que a Ditadura Militar era um modelo de democracia. Agora, é para lá que o Brasil quer ir – sem a ajuda dos Generais democratas. E sem as vovós da Marcha com Deus.

As notas oficiais da Direita racista e raivosa em apoio ao Golpe Militar, enquanto ele botava para quebrar nas ruas, estão em consonância com o que se passa nas ruas brasileiras. Por aqui, há uma boa turma de estúpidos e bem alimentados achando, também, que vale “de um tudo” para bombardear a democracia e a imprensa alternativa – esses “grupelhos” que lutam por um continente mais feliz, humano, democrático e terrivelmente miserável. Essa turma inculta e reacionária anda dizendo que o assassinato do cinegrafista Santiago Andrade é manipulado pela esquerda sistema. Com tamanha insensibilidade, está inaugurado a caça nazista à tática black bloc (conteúdo adulto).

O debate sobre os maus modos das forças do mal foi parar num gabinete. O jornalista que namora a ex-viciada em cocaína, do Instituto liberal que odeia a democracia, famoso por sua covardia na defesa dos direitos dos trabalhadores, sempre é citado nas investigações sobre a morte do jornalismo sério. Em depoimentos truncados, de difícil comprovação, ficou sugerido que os assassinos de honestidade jornalística tinham algum tipo de ligação com o crime de lavagem de cérebros sadios. A imprensa publicou, e os reacionários gritaram em defesa do marido da ex-cheiradora. Ele próprio declarou que deplora qualquer forma de democracia. Como sempre acontece no Brasil da direita, o debate foi parar no bistrô do Leblon e ignorou o óbvio.

O marido tem, entre seus principais hábitos, atacar quem não é da sua laia – ou seja, quem não tem o costume de comer no café da manhã torradinhas com patê fois-gras com geléia de amoras das colinas do sudeste de Luxemburgo. Isso não é uma suspeita, um indício ou uma acusação. É fato. Nos episódios de detenção dos manifestantes, ele fez uma série de artigos deplorando a existência de um Estado de Direito, que permite que eles tenham um julgamento justo. Ele acha que quem não toma café da manhã com ele no Jockey não é gente. É tudo vândalo maldito.

Numa longa greve que parou o centro do Rio, em atos inflamados pela violência da polícia, o marido da ex-consumidora de pó declarou que a agressão ao movimento grevista e democrático era bem-vinda. O tal jornalista é alinhado com a direita golpista, dos tucanos, que deplora a participação de pobre e trabalhador na política. O movimento de ocupação da Câmara de Vereadores do Rio, marcado por vários atos de indignação,  envolvendo militantes lutam por melhores condições de salário, de moradia e de vida, também contou, no mínimo, com a simpatia do PSOL e do deputado pacifista. Seria demais pedir para a polícia baixar a porrada nessa corja que insiste em se fazer ouvir?

Não importa. Se o marido da ex-viciada e seus simpatizantes direitistas têm amor à violência, no mínimo ele deveria lutar para entrar numa milícia ou num esquadrão da morte. Em qualquer jornal com um mínimo de ética, ele teria de ter sido demitido há muito tempo. Mas eis a questão: essa turma bondosa acha mesmo que a boçalidade direitista-liberal vale, ou acha que, em certa medida, ela “faz parte”, conforme alguns já disseram?

Eles precisam escolher. Se defendem a violência, têm de acolher publicamente os boçais das milícias que massacram o povo pobre nas favelas, cimentando os laços com os neonazistas daqui e acolá, como na Venezuela.   






Roubinho Juventino é anarco-liberal e fazedor de





domingo, 3 de agosto de 2014






Nunca antes na história uma elite foi tratada com tanto desprezo e brutalidade. Culpa do governo vermelho, bolivariano e comuno-anarquista do PT. Como se já não bastasse solapar a propriedade privada e a própria economia de mercado, coletivizando as diversas esferas da atividade econômica, para desespero de bancos e empreiteiras - as quais dia após dia vão abandonando o país, o comissariado petista agora parece querer dar o seu golpe de misericórdia - agora parece obcecado pela ideia de tentar desmoralizar a nossa elite, tirando dela toda a dignidade.

É o que deixa claro o lamentável fato envolvendo uma empresária paulistana, cujo estabelecimento era especializado na preparação de café para os rebentos da classe média alta da terra de gente honrada e nobre como Chiquinho Scarpa, Gugú Liberato, Faustão e Paulo Maluf.

Cansada de pagar tantos impostos, a rica empresária decidiu dar um basta a uma vida de tanto sofrimento e privação, decidindo fechar o seu humilde negócio. A pobre elite paulistana terá agora que buscar uma nova paragem de modo a bebericar o precioso líquido bolado há alguns milênios pelo povo árabe.

Vejamos um pouco da matéria sobre esse terrível caso divulgado pelo site SPRESSO SP:
Isabela Raposeiras, proprietária de uma cafeteria na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, conhecida por reclamar do preconceito e discriminação sofrida pela “elite branca europeia”, foi obrigada a fechar seu estabelecimento. O motivo é a falta d’agua.
“Acredito que seja um racionamento não avisado”, disse Isabela à Veja. “Eu não sou contra racionamento, é digno, já tinha que ter feito muito antes”, criticou a proprietária da cafeteria.
Na manhã desta quarta-feira (30), Isabela publicou em seu perfil no Facebook: “No water. No warning from Sabesp…Até amanhã, então, porque hoje não vai ter café na Vila Madalena.”
Isabela já havia recorrido ao Facebook para fazer uma reclamação muito peculiar, em junho. Segundo a empresária, ela seria parte integrante de uma “elite branca europeia”, uma minoria que é alvo de preconceito e discriminação.

É realmente lamentável. Triste. Desolador.

Que as autoridades ponham, enfim, as mãos na consciência. Que reflitam com muito carinho se isso realmente é justo. É preciso que de uma vez por todas os nossos dirigentes pensem em algo que ponha um termo neste contexto tão aviltante e cruel que vitima nossa elite.

Eu já não aguento mais ver, todas as manhãs, matérias da imprensa marrom noticiando chacinas perpetradas nos bairros nobres e nos condomínios de luxo, com participação da polícia. 

Chega!

Estou farto das políticas de segurança pública que visam exclusivamente criminalizar a riqueza, tentando resolver o problema dos bairros de elite pela força das armas e dos caveirões. Tomando por pressuposto a idéia de que todo rico louro e de olhos azuis é culpado até que se prove o contrário.

Chega!

Basta de uma política que associa "bairro de luxo" a lugar da droga, da promiscuidade, de gente vagabunda, que não quer saber de trabalho, que só pensa em viver a base de bolsa-empresário do BNDES, lugar de produção em massa da marginalidade.

Chega!

Basta com o bombardeio diário nos meios de imprensa (e nisso incluo as novelas) que atribuem um papel social extremamente pejorativo à mulher loira e rica, como se ela só soubesse sambar, dar em cima do marido dos outros.
Chega!

Não agüento mais esse discurso que impõe aos membros dessa elite os estereótipos mais repugnantes, destruindo a sua autoestima, sequestrando a cidadania das classes abastadas, tirando delas a crença num novo amanhã.

Não é só porque se é rico, que as pessoas tem que achar natural o que está aí: os ricos, brancos e de olhos azuis quase que monopolizando as prisões desse país, utilizando maciçamente os piores hospitais e escolas da rede pública, ganhando um salário menor do que os negros realizando a mesma atividade, ver a universidade pública ser ainda um lugar maciçamente dominado pelos negros, pobres e favelados, ser o maior alvo das balas disparadas por policiais ( na maior parte execuções sumárias). Mas o que é isso minha gente? A escravidão já acabou! Chega! É preciso demolir com esse sistema que tanto oprime a elite branca desse país.

Como pode um lugar que só forma médicos, engenheiros, físicos, arquitetos e fisioterapeutas negros? Por que só vemos loiros e loiras com as piores ocupações profissionais, com os piores salários? Por que não incomoda a ninguém ver ricos empresários trabalhando como garçons nos nababescos restaurantes da zona sul carioca, varrendo ruas, catando porcarias até nos lixões, enquanto vemos uma minoria negra só curtindo a vida nas belas praias da cidade maravilhosa?

Não, não dá mais! Basta de tanta desigualdade racial.
Mas para isso é preciso que o Estado e seus aparelhos repressivos estejam, para começo de conversa, dispostos a ouvir e compreender os clássicos versos da música-protesto do MC Chateaubriand:
Eu só quero é ser feliz.
Andar tranquilamente na Riviera em que nasci.
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o Rico tem seu lugar....


E Raposeiras – a pobre empresária, já parece ter entendido:
Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca. E minha empresa, certamente, faz muito do que o governo deixa de fazer, ajudando famílias, fazendo doações e, especialmente, pagando dignamente – fornecedores e funcionários”, bradou a indignada empresaria que agora parece estar mais tolerante com a falta d’agua que não a deixa acumular riqueza.

Somos todos Raposeiras!



Leonardo Soares é professor e dá graças a Deus por não ser da elite!